Em uma ação coordenada nesta quarta-feira, a Polícia Civil de São Paulo prendeu três suspeitos envolvidos no desaparecimento e assassinato de Bruno Monteiro, de 33 anos. A operação, intitulada Emboscada, revelou uma trama premeditada com motivação financeira e levou à descoberta do corpo da vítima e do veículo utilizado no crime, ambos ocultados desde o início de abril.

Segundo o delegado Rodrigo Ayres, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), o caso inicialmente foi tratado como desaparecimento. Bruno Monteiro havia sumido no dia 10 de abril e, após o registro formal, a DEIC assumiu a investigação. “Realizamos diversas diligências, ouvimos testemunhas e conseguimos entender toda a dinâmica do crime. Concluímos que não se tratava de desaparecimento, mas sim de homicídio”, afirmou o delegado em coletiva à imprensa.

As investigações identificaram que uma das presas é a ex-companheira de Bruno Monteiro, apontada como articuladora da emboscada. De acordo com Ayres, a mulher sabia que a vítima havia recentemente recebido uma herança e alegava ter direito a parte do valor. “Ela, com pelo menos dois cúmplices, atraiu a vítima, amarrou-a e a colocou no porta-malas do próprio carro. Em seguida, o grupo seguiu até a represa na cidade de Ibiúna, onde o homicídio foi consumado”, disse.

Durante a operação, os policiais também localizaram o carro da vítima, já carbonizado, e encontraram o corpo de Bruno Monteiro. O delegado destacou que a investigação continua, com foco em identificar outros possíveis envolvidos na ação criminosa.

A motivação principal do crime, conforme a Polícia Civil, seria o interesse financeiro relacionado à herança recebida por Bruno Monteiro.

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