
💔 Uma Mãe, Uma Tatuagem e Um Silêncio: A Jornada de Maria Carmélia em Busca do Filho Desaparecido
Por ELTV+ Sorocaba
Sorocaba, SP — 24 de abril de 2025
No olhar de Maria Carmélia Tiago Vaz há um cansaço que não vem apenas da estrada, mas da alma. Aos 63 anos, ela deixou a cidade de Vitória da Conquista, no sertão da Bahia, cruzou quase 1.800 quilômetros de chão, e desembarcou em São Paulo com um único objetivo: encontrar seu filho desaparecido.
“Ele se chama Jonilson Vaz Stanislau, tem 40 anos, e foi visto pela última vez em Sorocaba”, diz ela, com a voz embargada por emoções que não cabem em palavras. “Ele saiu de Marília no dia 25 de setembro do ano passado e disse que voltaria pra Sorocaba. Desde então, nunca mais tive notícia.”
Maria não esconde a verdade: seu filho, segundo ela mesma, se envolveu “com coisa errada”. Mas isso, para ela, não muda o que sente. “Vocês sabem como é o coração de uma mãe. Quando a gente ama, ama com tudo, até quando dói”, afirma. E completa: “Não vim aqui pra julgar meu filho. Vim pra trazê-lo de volta, se Deus permitir.”
A Marca do Amor: “Nélia”, a tatuagem que pode ajudar a encontrá-lo
A única pista concreta que Maria tem é uma tatuagem — uma palavra simples, mas carregada de afeto: “Nélia”, seu apelido de infância, gravado na pele do filho. “Se alguém vir um homem com essa tatuagem, por favor, me avise. Pode ser minha última esperança.”
Ela já registrou um boletim de ocorrência, mas decidiu ir além: escreveu com as próprias mãos uma mensagem sincera e pediu ajuda à imprensa, às redes sociais e a qualquer um que esteja disposto a escutar uma mãe.
Um apelo por humanidade
O drama de Maria Carmélia não é um caso isolado. Em cidades como Sorocaba, a realidade de pessoas desaparecidas se repete com frequência assustadora. As estatísticas são frias, mas as histórias, não. Elas são quentes, humanas, pulsantes. Como a de uma mãe baiana que atravessou o país com a esperança como bagagem.
Se você viu Jonilson Vaz Stanislau ou tem qualquer informação sobre seu paradeiro, entre em contato com Maria Carmélia pelo número (11) 95461-2345 ou com a Polícia Militar pelo telefone 190.
Em um mundo cada vez mais apressado e desconectado das dores alheias, que esta história nos lembre que, às vezes, tudo o que uma mãe precisa é de alguém que pare para ouvir. E quem sabe, ajudar a trazer um filho de volta pra casa.